quarta-feira, 13 de maio de 2009

Cardiomiopatia, diversos tipos de câncer, diabetes, hipertensão, depressão, miopia, astigmatismo, esclerose múltipla, esquizofrenia... distimia? Já achava o histórico de doenças na minha família bem complicado, mas considerei-o infernal quando esse novo diagnóstico me foi colocado na frente. Tudo bem... às vezes algumas doenças relacionadas ao psicológico parecem invenção da indústria farmacêutica pra nos empurrar remédios que prometem desconectar alguns pensamentos desagradáveis, outras vezes parece que são meras justificativas para alguém ser pago pra te ouvir e te dizer o óbvio.
Mas e se a tal "distimia" for real? Como se cura o mau-humor crônico? Já considerei (e testei) boa música, companhia da família, exercícios físicos (muitos tipos), estar apaixonada e até mesmo gatinhos dentro de cestinhas... mas tudo que imagino, mesmo em meus daydreams mais épicos, tem uma nuvem negra pairando os arredores.
Ao mesmo tempo, travo uma discussão interna, dizendo a mim mesma que sei ser bem agradável em grande parte do tempo... então não sei o quanto da hipocondria influencia a vontade de visitar um psiquiatra. Mas se sou hipocondríaca a ponto de pensar em visitar um psiquiatra, talvez eu deva tratar essa hipocondria. Com isso vocês hão de concordar.

no winamp: Maxïmo Park - Let's Get Clinical (e juro que só notei o trocadilho agora)

quarta-feira, 6 de maio de 2009

O maravilhoso mundo do Twitter

Confesso que resisti. Recusei a proposta de um novo "site de relacionamento" que prometia me conectar com alguns dos meus ídolos de antigamente e de hoje também. Assim como me recusei a ouvir os Strokes quando foram considerados a salvação do rock lá no longínquo começo do terceiro milênio. Mas assim que lembrei que minha irmã me considera "velha", resolvi ceder. É, minha gente... sou mais uma viciada em Twitter. Quão viciada? Digamos apenas que já considerei comprar a camisa do The Ellen Show.
Mas o que de melhor o Twitter me trouxe foi o John Mayer. Sim, Mr. Your Body Is A Wonderland (quoting ferga), o próprio. Mas se você pensa em parar de ler esse post agora mesmo, sugiro que engula o preconceito do mesmo modo que eu fiz. Você pode se surpreender. Se antigamente você o considerava um músico pretensioso, hoje em dia não se pode negar que o talento do guitarrista/compositor/cantor (sim, necessariamente nessa ordem) é cativante a ponto de passar por cima dessa síndrome de odiar músicos que saem com celebridades.

Tente. Comece ouvindo o talento puro do cara. Se você não gostar do conjunto de suas qualidades, ao menos não pode deixar de considerá-lo bom: como guitarrista ou compositor ou cantor.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

É revoltante. Por mais que eu me esforce pra acompanhar as novas bandas que vêm surgindo, parece que não consigo me manter em dia. Mal consigo acompanhar os lançamentos das bandas antigas das quais já gostava! E deus-me-livre de tentar ouvir de novo coisas que meus ouvidos rejeitaram tempos atrás, porque posso acabar gostando agora e complicando ainda mais minha lista de "por baixar".
E o pior é que tem dias que simplesmente não estou pra música. Verdade. Certos dias prefiro assistir ao Masters Series na tv ou varrer a casa, ou até mesmo lavar a louça com o frio congelante aqui da Serra. É muita informação pra minha cabeça. Se vou ouvir alguma banda, tenho que prestar o devido respeito a ela: ouvir de verdade para poder formar uma opinião. De outro modo, de que adiantaria baixar 10 álbuns por dia? Não faz meu estilo ter no computador algo só por ter. E, sinceramente, certas letras são tão densas que fazem minha cabeça pesar, pender para um lado. Preciso de férias da música, vez ou outra.
Esse começo de semana foi bem produtivo. O que andei ouvindo:

The National - Boxer
Poderia até lembrar o Interpol, pela bateria marcada e o tom grave do vocalista. Mas ele é frio, e a bateria não tem a potência de Sam Fogarino. Não se iluda. Sim, o cd é bom... muito bom. Mas não espere calor humano.

Neutral Milk Hotel - In The Aeroplane Over The Sea
Demorei a baixar Neutral Milk Hotel. Gostei, mas outras bandas do estilo me encantam mais. Talvez eu só precise ouvir mais vezes, who knows?

Grizzly Bear - Yellow House
Fui atraída pela linda voz que canta "Cliquot" do Beirut, mas nesse cd pouco a ouvi. Acho que o vocalista deveria ter menos preguiça de fazer letras, ou escrever sobre QUALQUER coisa, só pra gente poder ouvir mais de sua voz.

Foals - Antidotes
Dançante. Por enquanto, nada mais.

Bright Eyes - Lifted e Fevers and Mirrors
Certamente que você precisa ter tido sentimentos muito específicos para entender as letras e o vocal por vezes desesperado de Conor Oberst. Mas se você entende, se identifica. Se se identifica, gosta. Se gosta, quer mais. Em "Fevers..." Oberst expõe a cara feia de uma depressão. Em "Lifted...", ele mostra como conviver com ela como se ela fosse um vizinho que gosta de se intrometer. Saudades desses dois cds. Bom tê-los de volta.

Sufjan Stevens - Michigan
Sufjan é um contador de histórias. A sonoridade me encanta, a voz é linda demais, e as histórias... bem, elas funcionam para mim se eu não lembrar que ele está falando dos Estados Unidos nelas. Sufjan é um dos meus artistas preferidos atualmente. Ele pode colocar um nível alto para suas músicas, mas não chega a ser pretensioso.

Tem mais, mas fica pra outro post.

no winamp: Beirut - Cliquot

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Sinto saudades dos tempos em que a inspiração vinha fácil para escrever no meu blog. Podia escrever sobre tudo e qualquer coisa, e não me preocupava se as pessoas iriam entender ou não. Ah, a adolescência. Bons tempos em que chuvisco virava tempestade, apenas com a música para catalisar a reação. Transformavam-se vídeos em fatos verídicos, músicas em palavras saídas de nossas próprias bocas, amizades em parte da alma, e um suspiro em um grito.
Vou tentar retomar esse meu cantinho aqui. Subestimo a falta que me faz ter leitores quase sempre invisíveis, ou simplesmente um lugar para transformar vídeos, músicas, amizades e suspiros.

no winamp: José González - Down The Line